quinta-feira, 11 de abril de 2013

Dando munição ao inimigo


Marco Feliciano. Presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias. Evangélico. Homofóbico. Racista. Difícil defender um sujeito desses, né?
O cara vem levando porrada por todos os lados. As redes sociais pegaram o cara pra cristo.
Na verdade, todos sabem que o ele é somente um bode expiatório. Estando na mira, todos se esquecem dos mensaleiros que estão ocupando cargos importantes no governo. E se esquecem que Renan Calheiros continua como presidente do senado.
Marco Feliciano foi eleito deputado federal com mais de 200 mil votos. Logicamente, grande parte desses eleitores estão em sintonia com as ideias e pensamentos do deputado. Não se pode ignorar a força e influência dele.
Mas Marco Feliciano comete os mesmos erros de Rafinha Bastos. Seu discurso funciona bem na igreja, assim como as piadas de Rafinha funcionam na web e no teatro. A partir do momento em que eles saem do seu lugar comum e tentam usar sua liberdade de expressão em outra área (Feliciano no congresso e Rafinha na TV aberta), eles cometem o erro de acharem que serão aceitos da mesma forma. Mas ambos são pessoas que influenciam muita gente. E devem ser ouvidos. E aceitos por uns e contestados e contrariados por tantos outros.
O problema é que Marco Feliciano está super exposto na mídia em geral. Tamanha repercussão só faz a bancada evangélica no congresso mais forte. Não será surpresa se, nas próximas eleições, mais pastores ocuparem cargos e posições importantes no governo.
Esta semana, ele disse que aceitaria renunciar se os mensaleiros fossem cassados de seus cargos. Esperto. Sabe que não irá rolar nem uma coisa e nem outra. Mas não posso deixar de concordar com essa posição dele. Existem bandidos bem piores do que esse falastrão.
Falta inteligência a aqueles que acham que Marco Feliciano é o maior dos males.
Atacar Marco Feliciano da forma como tem sido feito é dar mais munição ao inimigo. PENSEM.

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